Angiodisplasias

Angiodisplasias

INTRODUÇÃO

O termo Angiodisplasia ainda existe uma considerável confusão acerca da exata natureza destas lesões, e não raramente elas são referidas como má-formações arterio-venosas, hemangiomas, teleangiectasias e ectasias vasculares.

As lesões da angiodisplasia em geral possuem menos de 5mm de tamanho e podem ser solitárias ou múltiplas. Ao contrário de outras lesões vasculares neoplásicas ou congênitas, a angiodisplasia não costuma associar-se a alterações angiomatosas na pele ou em outras vísceras.

Apesar da prevalência significativa (0,8% em indivíduos acima de 50 anos de idade), os mecanismos fisiopatológicos associados à angiodisplasia ainda são desconhecidos. Felizmente, 90% dos eventos hemorrágicos costumam ser auto-limitados. A mortalidade, quando ocorre, relaciona-se à severidade da hemorragia, à presença de instabilidade hemodinâmica, à idade e à presença de comorbidades.

 EXAME DO PACIENTE

Boa parte dos portadores é assintomática. Menos de 10% deles relatam episódios hemorrágicos – em geral indolores. Uma vez que as lesões podem estar localizadas ao longo de todo intestino, e dado que o sangramento pode ser discreto ou oculto, as manifestações podem variar desde hematêmese até hematoquezia, melena (fezes tipo borra de café) ou anemia ‘de causa obscura’ decorrente de hemorragia crônica. Apesar do caráter benigno, cerca de 15% dos pacientes podem apresentar hemorragia aguda maciça.

O exame físico deve incluir uma avaliação dos parâmetros hemodinâmicos e da possível origem da hemorragia. Alguns pacientes podem apresentar taquicardia, hipotensão postural, anemia ou instabilidade hemodinâmica franca (15%).

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